Trajadura
Casta de origem minhota, provavelmente da sub-região de Monção e Melgaço, é plantada em quase toda a Região dos Vinhos Verdes, com a exceção da sub-região de Baião. Altamente produtiva, o seu ciclo é longo, evidenciando abrolhamento precoce e maturação tardia; os cachos, por sua vez, apresentam-se compactos, e os bagos de coloração verde-amarelada.
Espadeiro
Casta que dá origem a um vinho bastante popular no Minho e na Região dos Vinhos Verdes, usualmente conhecido como Espadal. Em todo o caso, o seu cultivo não é extensível à totalidade da mancha vinícola, concentrando-se nos vales dos rios Lima, Cávado, Ave e Tâmega. Tal como o Vinhão, a sua expressão é essencialmente regional, não conhecendo grande difusão “fora de portas”.
Padeiro
A par do Azal, é outra das castas emblemáticas da sub-região de Basto. Em tempos idos era designada de Padeiro de Basto, menção que foi, entretanto, retirada a fim de evitar confusão com a própria sub-região.
Vinhão
Casta de inquestionáveis origens minhotas, o Vinhão é, nos dias de hoje, a mais popular e plantada uva tinta na Região dos Vinhos Verdes, ainda que conheça maior expressão nas sub-regiões do Lima, Ave e Basto, neste último caso, potenciada pelo vale do Tâmega e as suas grandes amplitudes térmicas que permitem um enorme aproveitamento do seu potencial. Igualmente conhecido como Sousão, nomeadamente no vale do Douro, à qual se recorre para atribuir cor, por exemplo, a alguns Vinhos do Porto, o Vinhão origina vinhos de elevada acidez, vinosos, encorpados e de cor vermelha intensa, opacos à luz.
Gouveio
Embora seja uma casta autorizada para a Região dos Vinhos Verdes, o cultivo de Gouveio encontrava-se, até há relativamente pouco tempo, limitado a umas poucas dezenas de videiras, com um propósito fundamentalmente experimental e, como tal, sem objetivos comerciais. Em todo o caso, noutras regiões vinícolas, como a Galiza – denominada de Godello, acompanhando de perto a versão minhota de Godelho -, conhece uma grande implantação, sendo usado tanto na criação de vinhos monovarietais, como integrando lotes com as castas Alvarinho, Loureiro e Trajadura, entre outras.
Azal
Não será descabido apresentar o Azal como a casta preferida da equipa da Quinta da Raza. Na verdade, falamos de uma casta nativa da sub-região de Basto e que, no nosso entender, tão bem expressa o vigor e o carácter das nossas gentes e da nossa terra.
Avesso
Esta casta é plena de virtudes enológicas. Trata-se de uma casta , de elevada qualidade, muito vigorosa e rústica que, quando superadas as exigências que coloca tanto na vinha como na adega, esta variedade, particularmente adaptada a solos graníticos e xistosos abaixo dos 300 metros, dá origem a vinhos frescos, com notas florais e minerais e até de fruta citrina e de caroço, ligeiramente mais encorpados que a norma. Outro aspeto a destacar é o potencial de guarda dos vinhos desta casta, cuja passagem do tempo vem acrescentar estrutura e complexidade, e o surgimento de aromas e paladares a mel e a frutos secos, como a amêndoa.
Arinto
Cultivada um pouco por toda a Região dos Vinhos Verdes, é nas suas áreas mais interiores que encontra as melhores condições para exprimir todo o seu potencial. A sua distribuição geográfica não se limita ao noroeste português, registando-se igualmente noutros pontos e regiões vinícolas, não sendo, por isso, de estranhar a profusão de sinonímias, tais como ‘Pedernã’, ‘Azal Galego’, ‘Perdigão’, ‘Pé de Perdiz’, entre outras. Caracteriza-se pelo seu carácter vigoroso e baixa fertilidade, dando origem a cachos grandes, muito compactos e pesados.
Alvarinho
Já quase tudo se escreveu sobre o Alvarinho. Para muitos enólogos e viticultores, é tida como a mais nobre casta branca de Portugal. O seu comportamento na vinha é como um lembrete dos momentos que se avizinham. Após o abrolhamento, por norma na segunda quinzena de março, segue-se a floração, já nos finais de maio, e o odor emanado pelas flores relembram-nos constantemente que estamos na Primavera. Já no pintor, lá para os finais de julho, quando os bagos se tornam translúcidos, percebemos que restam poucas semanas para o início de mais uma campanha de vindimas.