A casta Padeiro em Basto

Se há uma coisa que não falta em Portugal é imaginação para batizar a grande variedade de castas que existem no país, uma dessas castas é o Padeiro. Outrora designado por Padeiro de Basto, menção que lhe foi retirada para que não se confundisse com a Sub-região de Basto. Se facilmente percebemos o porquê da designação Basto, já que era nessa sub-região que se encontravam a maior parte das videiras da casta, a origem da designação Padeiro já não é tão perceptível, mesmo porque se há castas em que os bagos possuem sobre a película uma camada tão grande de pruína que por vezes faz lembrar farinha, esse não é o caso nestas uvas. Não sabendo se alguma vez conheceremos a origem do nome sentimo-nos, no entanto, privilegiados por poder contar com ela para produzir alguns dos nossos vinhos.

 

 

A fraca coloração do mosto, para os padrões do Vinho Verde tinto mais apreciado, fez dela uma variedade pouco utilizada na região o que provocou um grande decréscimo no número de plantas. No final do século passado a Direção Regional de Agricultura do Norte desafiou o proprietário da Quinta da RazaDiogo Teixeira Coelho, a plantar algumas videiras de Padeiro, à época “de Basto”, de modo a que se recuperasse a casta que, de outra forma, corria sérios riscos de desaparecer. O desafio foi aceite e a Quinta da Raza passou a dispor de cerca de um hectare de Padeiro.

 

 

 

 

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Para consultar os nossos vinhos deverá ter idade mínima legal em vigor para consumo de bebidas alcoólicas.
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