A par do Azal, é outra das castas emblemáticas da sub-região de Basto. Em tempos idos era designada de Padeiro de Basto, menção que foi, entretanto, retirada a fim de evitar confusão com a própria sub-região.
Conhecendo, atualmente, um período de grande fulgor, a verdade, porém, é que nem sempre gozou de tal privilégio. A pálida coloração do seu mosto para os padrões do Vinho Verde Tinto, fez com que esta casta fosse paulatinamente abandonada, conduzindo a um grande decréscimo do número de plantas. Coube à Quinta da Raza e ao seu proprietário, Diogo Teixeira Coelho, o mérito de a recuperar ao aceitar, na última década do século transacto, o repto então lançado pela Direcção Regional de Agricultura do Norte de plantar algumas videiras de Padeiro, evitando assim a sua extinção. Partindo, à época, de apenas um hectare, a casta experimentou uma fase de rápida revitalização, sobretudo para a produção de vinhos rosé, uma vez que aquilo que lhe faltava de cor, sobrava em aroma e harmonia. A respeito de aromas, framboesas e morangos silvestres são alguns dos proporcionados pelos vinhos desta casta, a partir da qual elaboramos o nosso monovarietal Dom Diogo Padeiro, que tem vindo a arrebatar prémios em concursos nacionais e internacionais e a ser amplamente reconhecido pelos consumidores. O alargamento da área inicialmente dedicada ao Padeiro permitiu a sua diversificação e maior utilização, desde logo em blends, marcando presença no Raza Rosé e também na gama Nat, no Raza Pet-Nat Rosé, de bolha fina e persistente e altamente refrescante.