
Conhecida pela tradição piscatória secular, a região do Minho orgulha-se dos anos de pesca artesanal nas pesqueiras. Estas construções ancestrais, defendidas por alguns autores como de origem romana e por outros como originários dos séculos VII, VIII e IX, emergem pelo rio no sentido da corrente e travam o caminho à lampreia, ao sável, à truta e a outras espécies migratórias que a seu tempo se lançam rio acima.
Por estes dias, e nas próximas semanas, é a lampreia que mais cai nas redes dos pescadores. Nestes peixes, a boca está transformada numa ventosa circular, com o diâmetro do corpo, reforçada por um anel de cartilagem e armada com uma língua-raspadora, igualmente cartilaginosa. Várias espécies de lampreia são consumidas como alimento.
A zona norte de Portugal apresenta-nos diferentes formas de degustar a lampreia – fumada, em arroz ou à bordalesa (a nossa preferida). Mas quanto ao seu acompanhamento, não há dúvidas: o melhor vinho é o Vinho Verde Tinto. Para os enólogos especialistas da Quinta da Raza, o nosso Vinho Verde Dom Diogo Vinhão é o par perfeito para esta tradicional e rara iguaria. E se não acredita, convidamo-lo a visitar o Minho e saborear a lampreia com o Vinho Verde tinto DOM DIOGO VINHÃO
Há quem ame e quem odeie, mas se faz parte do primeiro grupo, junte uns amigos à mesa e experimente a nossa receita de lampreia à bordalesa.

Preparação da lampreia:
- Colocar a lampreia viva numa bacia e escaldar rapidamente com água a ferver.
- Retirá-la e raspar com uma faca e depois com um pano de estopa ou com um esfregão grosso por forma a retirar-lhe toda a substância viscosa.
- Tirar-lhe os dentes e lavar com água fria abundantemente.
- Limpá-la com um pano e pendurá-la pela cauda colocando por baixo uma tigela com o vinagre e os vinhos para aparar o sangue que escorrer.
- Fazer um corte vertical na parte anterior à boca e ao longo dos três últimos orifícios inferiores e retirar a espinha.
- Fazer outro golpe em redor do orifício anal e puxar a tripa com cuidado para que saia inteira e sem rebentar.
- Retirar também o fígado e muito cuidadosamente o fel.
- Cortar às postas sem, contudo, as separar.
- Temperar com o vinho verde tinto DOM DIOGO VINHÃO com vinagre e com o sangue que escorreu com sal, pimenta, 2 dentes de alho, salsa e louro. Colocar a lampreia nessa calda e deixar marinar algumas horas, (no mínimo 2 horas).
- Fazer um refogado com as cebolas cortadas em rodelas finas, 2 dentes de alho picado e o azeite.
- Juntar o cravinho e a pimenta e acrescentar um pouco de calda do preparado anterior.
- Introduzir os bocados da lampreia e deixar estufar, adicionando aos poucos a calda restante.
- Ter o cuidado de não deixar desfazer a lampreia.
- Depois de cozidas, retirar as postas da lampreia e deixar apurar o molho.
- Juntar de novo a lampreia e servir em prato ou travessa sobre fatias de pão torrado.
- Regar bem as fatias de pão com o molho e decorar com salsa.
- Acompanhar com arroz branco.
Bom apetite!